top of page
Buscar

Mulher de Lua

  • giselecamba
  • 16 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

Sempre fui uma pessoa apaixonada pelo sol, mas hoje em dia me identifico mais com o a lua e consigo entender perfeitamente o motivo. Antes, trabalhando em publicidade e atendendo grandes clientes com presença predominante de homens, tive que deixar o Sagrado Masculino (sol) predominar dentro de mim. Foi a forma com a qual eu e muitas mulheres, desde a revolução feminina na década de 60, encontraram para sobreviver à selva de pedra, ao machismo e à discriminação.


Para mim sempre foi tranquilo vestir essa máscara da mulher forte, destemida, que não chora ou não se abala emocionalmente. No entanto, sem perceber, fui sepultando o meu Sagrado Feminino (lua) através de ações, comportamentos, escolhas e decisões, como não ter filhos, parar de menstruar, resolver tudo sozinha, não me permitir ser romântica ou deixar que cuidassem de mim. Foi somente após anos, depois muita yoga referenciando a lua, terapia, vivências, retiros e constelações sistêmicas que o meu Sagrado Feminino despertou.


Hoje sou lua, aceito naturalmente a dualidade da minha existência e acolho todas as faces e fases que existem dentro mim: ora sou fogo, ora sou água, ora sou forte, ora sou frágil, ora sou luz, ora sou sombra. Me sinto plena, completa, honro a minha ancestralidade feminina e respeito profundamente todas as mulheres que, assim como eu, lutam para serem reconhecidas e para encontrarem um lugar ao sol sem perder a conexão com o Sagrado Feminino.


Afinal, se o sol e a lua convivem harmoniosamente no universo, por que não podem conviver dentro de mim? Posso e quero ser forte sem perder a ternura, firme sem perder a leveza, racional sem perder a disposição para sonhar. Aceito, recebo, acolho e respeito o infinito universo que habita o meu ser.



 
 
 

Comentários


bottom of page